5 dicas para acertar na escolha do ponto comercial de seu restaurante

Para um estabelecimento gastronômico estar sempre com as mesas cheias, diversas questões estão em jogo. Uma das mais importantes, porém, é sem dúvidas o ponto comercial.

“A escolha do endereço físico é a decisão mais importante para o comércio e deve levar em conta muito mais do que a simples localização”, afirma Claudia Novaes, especialista em arquitetura gastronômica e à frente do escritório Cn Dois Arquitetura. Confira mais dicas de expert que você deve levar em consideração antes de escolher seu ponto comercial:

Um fachada bem visível e uma privilegiada localização na cidade são alguns dos pontos considerados pela arquiteta Claudia Novaes para definir o ponto comercial do restaurante Apó, localizado em São Paulo. Especializada em arquitetura gastronômica, ela foi a responsável pelo projeto | Foto: Marcelo Magnani
Um fachada bem visível e uma privilegiada localização na cidade são alguns dos pontos considerados pela arquiteta Claudia Novaes para definir o ponto comercial do restaurante Apó, em São Paulo | Foto: Marcelo Magnani
1. Público-alvo

Segundo a arquiteta, para eleger o ponto ideal é preciso, primeiramente, conhecer muito bem o público-alvo do estabelecimento. “Entender quem se deseja atingir, quais os hábitos e preferências dos potenciais consumidores é essencial para procurar o melhor ponto comercial para abrir o negócio”, afirma. Assim, é garantido que a localização foi pensada para estar o mais próxima possível das pessoas que se deseja atingir.

2. Localização e concorrência
A localização, no bairro da Liberdade, fez toda a diferença para o restaurante Bodogami, projetado pela arquiteta Claudia Novaes | Foto: Marcelo Magnani

Com o público em mente, é possível buscar pela melhor região para o estabelecimento. “É importante avaliar que 80% das vendas devem estar concentradas em um raio que compreende uma caminhada de cinco minutos ou o deslocamento de carro por 10 minutos“, explica a arquiteta Claudia Novaes.

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Além da distância, conhecer e analisar os horários e movimentos da região são etapas essenciais para garantir a decisão pelo ponto comercial. “Na imersão pelas características da região, é fundamental visitá-la em diversos horários, inclusive aos finais de semana, para entender o ciclo de movimento, determinar os momentos de pico e até quando não há tanto movimento. Todos esses fatores devem ser levados em conta para a execução do projeto”, explica.

Nessa análise, também é possível observar a concorrência, sua localização, serviços oferecidos e preços.

3. Regularização

“A regularização do imóvel também não pode ser esquecida durante esse processo”, alerta Claudia Novaes. Para isso, é preciso verificar se o zoneamento da região permite a operação do negócio. “Na capital paulista, a licença de funcionamento não está mais ligada à regularização do imóvel. Mas tudo muda de cidade para cidade”, orienta.

4. Visibilidade e acessibilidade
Para a padaria Padang, a arquiteta Claudia Novaes optou por uma fachada que traduz o conceito do estabelecimento e é bem visível tanto para pedestres, quanto para quem passa de carro pela região | Foto: Marcelo Magnani

Um bom ponto comercial deve apresentar uma visão da fachada privilegiada, tanto para pedestres, quanto para quem passa de carro. “A fachada é uma das propagandas do negócio, então deve ser valorizada”, diz Claudia Novaes, que complementa: “Ter a possibilidade de uma entrada lateral para o delivery é um bom diferencial. Caso não seja possível, considere trabalhar em um ponto comercial com uma largura maior do que 5 m”.

A facilidade de acesso é outro requisito mandatório. “O comércio precisa facilitar a entrada do cliente. Dessa forma, é interessante evitar estabelecimentos com escadas, que invariavelmente podem limitar e dificultar a acessibilidade. E, por experiência, costumo aconselhar os clientes a evitarem negócio se ele estiver muito próximo à circulação de uma faixa de ônibus”, alerta a profissional.

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Ainda no capítulo acessibilidade, nada mais complicado para o cliente que se desloca de carro e, chegando ao endereço, não encontra vaga disponível para estacionar! Assim, uma das premissas a serem preenchidas também diz respeito a um ponto comercial com estacionamento ou o investimento em manobristas e convênios com estacionamentos próprios. “Sem dúvidas, o objetivo sempre será propiciar facilidade e conforto para o cliente”, ressalta a especialista.

5. Infraestrutura

Por fim, a infraestrutura deve ser impecável para a operação de um restaurante, bar ou padaria, entre outras possibilidades voltadas ao segmento gastronômico. “Na execução do projeto, sempre prevejo a substituição das instalações elétricas, bem como a execução de adaptações da rede de esgoto”, indica Claudia Novaes.

Seguindo o checklist, os telhados devem estar livres de infiltrações, pois trocas de telhas podem ser onerosas, e as possíveis rachaduras precisam de uma análise minuciosa para evitar reforços estruturais. “São detalhes que não podem passar desapercebidos, evitando problemas graves no futuro”, finaliza a arquiteta.

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